Decorreu na tarde da última quinta-feira, 04 de Maio, na Universidade Eduardo Mondlane, uma feira destinada à exposição de oportunidades de emprego e uma série de actividades de venda de produtos e serviços no âmbito do empreendedorismo. A Feira registou presença massiva de estudantes que não só procuravam uma oportunidade de enquadramento no mercado de trabalho, como também adquirir novos conhecimentos e colher novas experiências.
Tome-se como exemplo, uma empresa do ramo bancário, Millennium Bim, que concedeu uma palestra virada para o mercado financeiro para alguns estudantes do curso de Economia e, igualmente, a Total Energy que falou aos estudantes sobre a importância da indústria petrolífera e de gás para o nosso país.
Participaram desta Feira, também, empresas do ramo da comunicação social que ensaiavam ou simulavam reportagens, empresas de telefonia móvel. A Electricidade de Moçambique explicou aos universitários como funciona o ramo eléctrico e efectuou ensaios de instalação eléctrica e ainda explicou aos vários visitantes do evento sobre as actividades que a empresa desempenha no país.
O Novo Postal conversou com Arminda Djedje, técnica de manutenção eléctrica na EDM, que nos contou que faz parte da empresa desde Janeiro e referiu que a maioria dos estudantes que afluíram ao stand da sua equipa de trabalho foram, na sua maioria, do sexo masculino “é um evento que visa trazer mais oportunidade para os estudantes, principalmente os que estão na etapa final dos seus cursos e a EDM traz principalmente estágios para a área da electricidade tendo vantagem em termos práticos como manda a actual conjuntura económica e social do país”.
No que tange aos desafios e dificuldades que a mulher enfrenta no enquadramento na empresa, Arminda disse que “não é fácil entrar para uma empresa como a EDM sendo mulher, estamos num país em que há ainda muitos estereótipos em relação ao status que a mulher ocupa na sociedade, há muita descriminação dentro e fora da entidade, pois a maior parte dos homens não acredita que a mulher simplesmente pode fazer o que eles fazem, mas tudo parte da rapariga acreditar no seu potencial. Eu sou mulher, tentei e consegui então as outras também podem e aconselho a todas as mulheres estudantes a não desistir, a engrenar na parte eléctrica”, encorajou.
A Electricidade de Moçambique luta pela igualdade de género sendo que até 2030 a empresa projecta ter no seu quadro técnico 40% de mulheres.
Moisés Lipinze, jovem trabalhador que decidiu visitar a feira para amealhar novas oportunidades, afirmou que é preciso que as faculdades sejam a porta da emprego para os jovens através dos cursos específicos, pois existem áreas peculiares que não tem nenhuma exposição e os motivos que o levaram ao evento “é uma oportunidade única para explorar a diversidade do mercado de emprego, um espaço onde podemos expandir o nossos horizontes”.
A exposição decorreu no campus universitário da Universidade Eduardo Mondlane, em parceria com a Secretaria de Estado da Juventude e Emprego, do Fundo de apoio às iniciativas juvenis, a Universidade Michigan dos Estados Unidos da América e o USAID.
#Vanildo Polege