“Cão Tinhoso” conversa com professores de línguas bantu

“Cão Tinhoso” conversa com professores de línguas bantu

O escritor moçambicano, Luís Bernardo Honwana, autor do clássico ”Nós matamos o cão tinhoso”, visitou a Universidade Pedagógica de Maputo para estabelecer uma parceria com esta instituição de ensino. Honwana pretendia, durante esta visita, realizar um estudo exploratório e tratamento do material recolhido sob “umbrella” de um projecto comum: “Kudzungulisa” que é um ritual de saudação do povo bantu que habita na África subsaariana, particularmente os tsongas, na zona sul do país.

É na verdade uma recuperação dos nossos valores culturais que devido à globalização e aculturação têm se perdido na sociedade moçambicana, no entanto, Honwana sentou-se à mesa com docentes da UP Maputo – Núcleo de Línguas Bantu da Faculdade de Ciências da Linguagem, Comunicação e Artes.

Acompanhado por Jorge Ferrão, Reitor da Universidade, Honwana disse na ocasião que “Kudzungulisa é uma forma de transmitir informação e procurar saber da saúde do seu interlocutor e dos demais, crónica dos outros, suas notícias, transcrição da notícia e do local para outrem”. Disse para depois questionar a influência que a língua bantu tem e como o fenómeno consegue sobreviver durante as gerações, mesmo com várias convulsões sociais e políticas que vem acontecendo no caso de Mpfecane, lê-se no Facebook da UP Maputo.

Refira-se que além da famosa obra “Nós matamos o cão tinhoso”, lançada em 1964, Luís Bernardo Honwana é também autor da obra “A velha casa de madeira e zinco” publicada em 2017. 

#Julião Tsowo

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