Escolas ainda sem condições para leccionar depois de ciclones

Escolas ainda sem condições para leccionar depois de ciclones

Numa época em que o país se vê a recuperar de chuvas intensas e ciclones que se fizeram sentir nos anos passados, os alunos em Quelimane viram-se esta semana obrigados a regressar às aulas em condições inadequadas para o efeito.

As escolas, que foram afectadas principalmente pelos ciclones Idai e Freddy, caracterizam-se pela destruição das salas, os alunos estudam ao relento e alguns deles estão em salas sem tectos.

Partindo do princípio de que a escola é um lugar onde se formam homens para o futuro do país, as imagens contrastam com o velho ditado “se formar para ser alguém na vida”, pois pode-se ver que as condições oferecidas pela edilidade daquela autarquia são bastante precárias e, na mesma senda, os  alunos têm de conviver com algumas famílias que ficaram sem tectos e que se encontram alojadas nesses estabelecimentos de ensino.

Por exemplo, na Escola Primária de Sangarriveira o mais agravante nesta situação é que o corpo docente, junto à direcção, teve de juntar algum dinheiro para comprar material para desinfectar as salas e escritórios devido à eclosão da cólera naquela província; o que colocava em causa a saúde dos petizes.

Já na Escola Profissional de Marrabo, o chefe da secretaria lamenta as condições em que foram obrigados a retomar às aulas e pede que haja uma intervenção urgente.

“Nós já arrancamos, embora não seja da forma que deveríamos ter sido. Perdemos cinco salas de aula, mas como se disse que as aulas deveriam arrancar na segunda-feira, arrancamos parcialmente. Há alunos que estão debaixo das árvores, pusemos assim os alunos para podermos cumprir as obrigações do Ministério da Educação”.

Sobre o assunto, a direcção de educação naquela província não se pronunciou, prometendo brevemente trazer esclarecimentos ao público; enquanto isso as crianças vão partilhando as salas, onde deviam buscar conhecimento com maior tranquilidade para melhor discernimento, com as famílias que ainda não foram reassentadas. E, por outro lado, há alunos que são obrigados a buscar conhecimento debaixo das árvores.

#Vanildo Polege

Compartilhe

Deixe uma resposta

O seu endereço de email não será publicado. Required fields are marked *

*