O Instituto Médio Santa Maria de Mocodoene, que está situado na localidade com o mesmo nome, no distrito de Morrumbene, Província de Inhambane, é um exemplo a seguir na formação de técnicos das áreas de Agricultura, Pecuária e Extensão.
A escola tem formado quadros para o mercado nacional, é um modelo de inspiração quando se trata de dotar alunos de capacidades, habilidades científicas e técnicas para ajudar no desenvolvimento do país.
O Novo Postal conversou com “António Macuácua”, nome fictício de um estudante, para conhecer o seu dia-a-dia na escola; o mesmo nos revelou que as aulas são bem ministradas, não por todos formadores, alguns não desempenham como deve ser as suas actividades, porque “há outros que exageram, estamos agora no sistema modular, dá-se um determinado tempo para terminar o módulo, como três semanas por exemplo, mas alguns formadores ficam relaxados e só começam a apertar-nos faltando uma semana. Nalguns casos, nem chegamos a fechar o módulo no período estabelecido, por isso, temos que arranjar outro tempo, como quando estamos livres por forma a fechar os pendentes”.
Fragilidades nas aulas práticas
Segundo nos contou, as aulas práticas têm sido importantes, o material que usamos nas aulas práticas são da responsabilidade dos alunos, “compramos enxadas e equipamentos que levamos ao instituto no dia da matrícula, outro material a escola é que nos fornece”.
“Não estamos a ter nada nas aulas práticas, temos alguns módulos que abrangem as duas vertentes, a teórica e a prática, entretanto, nalgum momento há módulos que terminamos na sala sem ir ao campo, ou seja, sem nenhuma actividade prática”, o que chega a criar lacunas neste processo, porque muitas vezes, “não temos aulas aulas práticas em muitos módulos”, frisou.
Internato com boas condições
“As condições do internato não são tão boas mas também não são ruins, através de outras pessoas que viveram noutros internatos antes de irem a Santa Maria, em comparação com este, garantem ser um dos melhores”. Em relação à alimentação, Macuácua garantiu que é uma alimentação saudável, “por dia temos 3 refeições: pequeno-almoço, almoço e jantar”.
Questionado sobre a proveniência dos produtos consumidos, o estudante afirmou que “ano passado (2022) tínhamos um campo perto do internato em que nós produzíamos, a título de exemplo, couve, cebola, batata doce, mandioca, tomate e milho. Outros produtos eram comprados”. Quanto ao milho, após a sua colheita, a escola manda-o à moageira para ser transformado em farinha.
Método de avaliação complicado
No final de cada unidade temática, os estudantes têm direito a um teste por forma a apurar a sua capacidade, que será o resultado da unidade temática; contou-nos António Macuácua, formando do Instituto Santa Maria de Mocodoene, na província de Inhambane.
#Julião Tsowo