É uma situação que se verifica nas escolas secundárias Francisco Manyanga e Noroeste I, onde os alunos não sabem o que é ter aulas há uma semana, isso por conta da falta de pagamento de horas extras aos professores que leccionam no curso nocturno, desde Outubro de 2022.
A paralisação registou-se há três dias na Escola Secundária Francisco Manyanga, os professores decidiram não continuar a dar aulas, no entanto, se fazem presentes à unidade de ensino mas não entram nas salas de aulas, o que é deveras preocupante para os alunos que são os mais prejudicados. A falta de aulas afecta igualmente o aproveitamento pedagógico dos alunos e o cumprimento das metas pedagógicas estabelecidas.
Os professores estão agastados com esta situação, o Ministério de Educação e Desenvolvimento Humano MINEDH, há meses que não se pronuncia por forma a resolver este imbróglio.
Os alunos entendem, de certa forma, a atitude dos professores, entretanto, manifestaram a sua indignação porque gastam dinheiro de transporte mas, não chegam a ter aulas. Dizem ainda que deveriam ter feito alguns testes na última semana, porém, não os fizeram e nem sabem como será.
Na Escola Secundária Noroeste I a situação é a mesma e, desde segunda-feira, os aprendizes não têm aulas, por falta de pagamento de horas extras aos professores, estes apelam que a situação seja resolvida.
O MINEDH tem conhecimento do caso todavia, não sabe quando poderá resolver as inquietações, conforme fez saber, Artur Dombo, Director do Serviço de Assuntos Sociais da Cidade de Maputo.
Dombo reconheceu que “há esta realidade, mas, como cidade, estamos a trabalhar junto às finanças para ultrapassar este problema técnico que estamos a ter agora para o pagamento das horas extras mas, a qualquer momento nós vamos pagar”, garantiu.
Contudo, o Director apela aos professores das duas escolas, Secundária Francisco Manyanga e Noroeste I, respectivamente, a retomarem as aulas até a resolução do problema.
#Julião Tsowo