Afinal, Sérgio Raimundo, o Militar, não se esqueceu do caminho de sair da “ilha dos mulatos” e, amanhã, quarta-feira, pelas 18h00, “sacode-se” nos atalhos literários e apresenta, em Portimão, Portugal, o seu mais recente livro de crónicas “Ancas do camarada chefe”. Carlos Café, professor de Filosofia, é quem tem a responsabilidade de apresentar este livro que depois seguirá para Lisboa, Maputo – e diversas cidades de Moçambique.
“Ancas do camarada chefe”, no dizer do autor, é um conjunto de crónicas que faz uma espécie de “viagem” por diversas realidades que marcam e marcaram Moçambique. Nessa viagem literária, os textos de Sérgio Raimundo servem-se de guia social, pois nos fazem percorrer, em forma de passeata, diversas avenidas do passado, presente e futuro do país.
“Aos jovens do meu país” eis a dedicatória que abre o livro, uma dedicatória que acaba sendo, ao de leve, um reconhecimento da musculatura juvenil no processo da desconstrução e construção do país.
Sobre essas “ancas”, o Professor Catedrático Álvaro Carmo Vaz escreveu: “ … [essas ancas] são um imprescindível testemunho do tempo que vivemos em Moçambique, oscilam entre o dramático, o trágico e o feliz. É um retrato das pessoas e os seus dramas, com as mulheres e sua luta diária em plano primeiro, a pedir a nossa atenção”.
Miguel Luís, escritor, advogado e amigo de Sérgio Raimundo destaca na sua nota: “…sem dúvida, estas crónicas são um belíssimo acto de cidadania a Moçambique e à humanidade”.
Sérgio Raimundo apresenta o seu livro no âmbito do Philosophy Spring Festival – um encontro sobre Filosofia, artes e culturas e que é produzido pelo “Clube dos Filósofos Vivos” da Escola Secundária Manuel Teixeira Gomes de Portimão sob coordenação do professor Carlos Café.
“Ancas do camarada chefe” é um produto de estreia da editora Oficina de Letras, localizada em Maputo.
#Julião Tsowo